domingo, 24 de janeiro de 2016

Assento Na Varanda

Assento Na Varanda






Sento-me no assento da varanda, sinto a brisa frio cobrir meu copo. Me cubro com os braços. Acendo-me um cigarro que a muito tempo me faz companhia. O cigarro que a cada tragada vai diminuindo, como minha vida é, uma contagem regressiva.

Relembro cada segundo perdido ali naquela cidadezinha medíocre onde decidir me esconder. Fraca eu. Sempre fui. Aqui estou eu me entregando aos pontos. Me envelhecendo ainda mais, só vendo o tempo passar, passar como os ponteiros do relógio a cada tic-tac.  O que me sobrou? Apenas um assento na varanda, onde se ver o pôr do sol, em um laranja avermelhado escondido entre as nuvens, um lindo azul anil, com pássaros sumindo.

Na vida nada escolhi. Essa de que escolhemos pra onde vamos é bobagem! Acredito que algo nos move e quem me moveu hoje não está mais aqui. Meus olhos castanhos se foram. Assim eu costumava a chama-lo. Me lembro como me acalmava em seus lábios e braços fortes, me afagava, dançava na melodia da sua voz, em passos lentos caminhava em sua direção. Oh meus olhos castanhos porque me deixastes?! Hoje  sou uma velha de 80 anos, sem destino nessa vida. Me levastes com você, me levastes!

Mais uma vez estou aqui no meu assento, com um cigarro, esperando as chamas apagarem e me levarem pra junto de ti. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Momento Desafabo

Desabafo



Oi meus amores, tudo bem?
Então, esse espaço é para destinar à vocês leitores para enviar seus desabafos ou situações difíceis que estão passando. Vou ler todas com todo carinho! Dando a minha opinião a respeito. Tentando ajudar vocês o máximo possível
Para participar é muito fácil!
É só enviar um e-mail para o endereço: dentro-pra-fora@hotmail.com com o assunto 'Desabafo'
Toda semana vai ter um post novo com o desabafo de vocês
Então se joguem!

Porque a gente acabou

Porque a gente acabou



Desejei tanto que você nunca lesse essa carta, mas se está lendo, você bem que mereceu Nick, por algum motivo, você com certeza deve saber.
Não dá pra calçar sapatos que fazem calos nos pés. Machuca. Doí. Rasga. Sangra. Não dá pra vestir roupas que não cabem mais. Talvez você não esteja entendendo Nick, eu que sempre fui boa com as metáforas, – Sempre com metáforas, dizia você. Além de inúmeras vezes ser complexa, a certinha. É tenho que concordar, mas essa não é a questão Nick. Sabe, sempre gosto de dá pontos com nós, finais traçados, marcados, deve ser por isso que nunca sou completamente esquecida por onde passei/passo e olha que não sou eu que digo. Se isso acontecer com você (espero que não aconteça, mas acontecerá à partir de agora) te desejo boa sorte para lidar com minha imagem em seus pensamentos, – talvez não seja os melhores. Mas dane-se.
Tenho certeza que agora deve estar pensando naquele tal livro que sempre te disse, que iria passar ele para vida real. Nunca te contei Nick, mas sempre tive a convicção que nunca iria passa-ló. Éramos tão perfeitos. O casal ideal entre os nossos amigos, aquele casal que com certeza acabaria no altar. Bobos foram eles, eu, talvez nós, em fantasiar uma utopia. Ainda pensando no livro né?! Então, ele está aqui Nick comigo, ''Por isso a gente acabou''. Não sei se depois dessa carta vai chegar a lê-lo, se você ainda tiver forças, espero que sim.
A idéia sempre foi escrever uma carta para meu primeiro ex-amor. Não uma carta convencional cheio de fofuras e amores. Não. Vai ser diferente Nick. Vai doer ou não, depende da importância que ainda tenho na sua vida. Mas sabe, quando te conheci eu nunca pensei que teria um ex-amor. Foi diferente. De repente. Constante. Assim como nosso amor que foi jogado em alguma rua perdida por ai, não sei para onde ele foi, mas de uma certeza eu tenho: Não está mais nos nossos corações.
Sabe por que Nick? Estou te deixando.